Painel do Colégio Santa Cruz em toda a sua extensão: obra é importante para Maringá pelo aspecto histórico, artístico e turístico
Dentre os painéis artísticos de Maringá, um dos que está gravado de forma mais profunda na memória coletiva da cidade é a obra “Os Pioneiros” – embora muitas pessoas conheçam-na mais de ouvir falar do que por apreciar as belezas de seus detalhes. Conhecida popularmente como “Painel do Colégio Santa Cruz”, a obra foi feita em cimento pelo artista plástico de Mandaguari, Éder Portalha, falecido em 2007.
O trabalho de Portalha é bastante conhecido no noroeste do Paraná. Além de Maringá, ele tem trabalhos marcantes em Sarandi, Mandaguari, Jandaia do Sul e em outras cidades da região. Vítima de paralisia infantil, Portalha esculpia apenas com a mão esquerda, mas deixou um trabalho que impressiona pela técnica e pelos detalhes.
E foi justamente a qualidade desse trabalho que levou as Irmãs Carmelitas, fundadoras e mantenedoras do Colégio Santa Cruz, a encomendar a obra com o artista.
Portalha fez um painel na portaria do colégio, retratando a casa de Santa Joaquina de Vedruna, fundadora da Congregação Carmelitas da Caridade. O trabalho foi muito apreciado e Portalha foi então contratado para fazer um novo painel, “Os Pioneiros”, que, com 212 metros quadrados , levou 225 dias para ser concluído.
Nesse período, Portalha morou no próprio colégio. “O painel do Colégio Santa Cruz tem uma importância histórica pelas imagens que retratam a evolução da cidade por meio dos homens, ofícios e construções, pela questão artística e, por fim, pela questão turística, pois está no roteiro turístico do município”, explica o historiador João Laércio Lopes Leal, do patrimônio histórico de Maringá.
O mural pode ser dividido em quatro partes, numa espécie de progressão histórica da cidade, enfatizando o trabalho dos pioneiros, inclusive das mulheres, que muitas vezes são menosprezadas na história oficial do município e nas homenagens aos seus pioneiros.
A partir da Avenida 19 de Dezembro, a obra de Portalha retrata, em alto relevo, o início de Maringá, quando os primeiros pioneiros chegaram e encontraram apenas a mata fechada. O trecho mostra homens derrubando árvores e, ao lado deles, um grupo reunido, com um dos desbravadores carregando uma espingarda. É uma referência ao perigo que enfrentavam.
Após uma árvore esculpida em primeiro plano, aparecem as famílias inteiras chegando e os sinais de uma nova cidade, com precárias casas de madeira e a construção da Capela Santa Cruz, primeira igreja construída no Maringá Velho. Outra árvore em primeiro plano dá um novo pulo no retrato histórico e Portalha retrata, com maior intensidade, o ciclo do café. São homens limpando e transportando os grãos que sustentaram a economia maringaense durante muito tempo.
Atrás desses trabalhadores e de seu “ouro verde” é possível perceber que as casas se tornam mais frequentes e a construção de uma outra igreja em madeira - possivelmente, a antiga catedral. No “fim” do painel (em uma leitura da esquerda para a direita), um ferreiro trabalha na forja e, ao fundo, símbolos de uma Maringá mais recente: a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória e o próprio Colégio Santa Cruz, primeira escola particular da cidade.
Fonte: O Diário do Norte do Paraná
Dentre os painéis artísticos de Maringá, um dos que está gravado de forma mais profunda na memória coletiva da cidade é a obra “Os Pioneiros” – embora muitas pessoas conheçam-na mais de ouvir falar do que por apreciar as belezas de seus detalhes. Conhecida popularmente como “Painel do Colégio Santa Cruz”, a obra foi feita em cimento pelo artista plástico de Mandaguari, Éder Portalha, falecido em 2007.
O trabalho de Portalha é bastante conhecido no noroeste do Paraná. Além de Maringá, ele tem trabalhos marcantes em Sarandi, Mandaguari, Jandaia do Sul e em outras cidades da região. Vítima de paralisia infantil, Portalha esculpia apenas com a mão esquerda, mas deixou um trabalho que impressiona pela técnica e pelos detalhes.
E foi justamente a qualidade desse trabalho que levou as Irmãs Carmelitas, fundadoras e mantenedoras do Colégio Santa Cruz, a encomendar a obra com o artista.
Portalha fez um painel na portaria do colégio, retratando a casa de Santa Joaquina de Vedruna, fundadora da Congregação Carmelitas da Caridade. O trabalho foi muito apreciado e Portalha foi então contratado para fazer um novo painel, “Os Pioneiros”, que, com 212 metros quadrados , levou 225 dias para ser concluído.
Nesse período, Portalha morou no próprio colégio. “O painel do Colégio Santa Cruz tem uma importância histórica pelas imagens que retratam a evolução da cidade por meio dos homens, ofícios e construções, pela questão artística e, por fim, pela questão turística, pois está no roteiro turístico do município”, explica o historiador João Laércio Lopes Leal, do patrimônio histórico de Maringá.
O mural pode ser dividido em quatro partes, numa espécie de progressão histórica da cidade, enfatizando o trabalho dos pioneiros, inclusive das mulheres, que muitas vezes são menosprezadas na história oficial do município e nas homenagens aos seus pioneiros.
A partir da Avenida 19 de Dezembro, a obra de Portalha retrata, em alto relevo, o início de Maringá, quando os primeiros pioneiros chegaram e encontraram apenas a mata fechada. O trecho mostra homens derrubando árvores e, ao lado deles, um grupo reunido, com um dos desbravadores carregando uma espingarda. É uma referência ao perigo que enfrentavam.
Após uma árvore esculpida em primeiro plano, aparecem as famílias inteiras chegando e os sinais de uma nova cidade, com precárias casas de madeira e a construção da Capela Santa Cruz, primeira igreja construída no Maringá Velho. Outra árvore em primeiro plano dá um novo pulo no retrato histórico e Portalha retrata, com maior intensidade, o ciclo do café. São homens limpando e transportando os grãos que sustentaram a economia maringaense durante muito tempo.
Atrás desses trabalhadores e de seu “ouro verde” é possível perceber que as casas se tornam mais frequentes e a construção de uma outra igreja em madeira - possivelmente, a antiga catedral. No “fim” do painel (em uma leitura da esquerda para a direita), um ferreiro trabalha na forja e, ao fundo, símbolos de uma Maringá mais recente: a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória e o próprio Colégio Santa Cruz, primeira escola particular da cidade.
Fonte: O Diário do Norte do Paraná